quinta-feira, 21 de junho de 2018

As Melhores Resenhas de Ilusão e Mentira







As Melhores Resenhas de Críticos Consagrados

Aqui se encontram reunidas todas as melhores críticas sobre a obra.


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Postagem de Godofredo feita em sua página do escritor em dia 21/06/2016
Aniversário de Machado de Assis. O livro "Ilusão é mentira" (Ed. Batel), mantém o diálogo com Machado, particularmente no conto "Ideias de canário" e no romance Dom Casmurro.
Obra embaralha os limites do texto literário - crítica publicada no Jornal O Globo, no caderno de literatura "Prosa", em 24/01/15.
A apropriação e a liberdade na obra literária
Nas artes visuais, é comum que um criador se inspire na obra de outro. Pablo Picasso, por exemplo, produziu 58 pinturas a partir de “As meninas”, a obra-prima de seu conterrâneo Diego Velásquez. Na literatura este procedimento legítimo também se faz presente. Silviano Santiago, por exemplo, escreveu o romance “Em liberdade”, um diário imaginário que transforma Graciliano Ramos em personagem, recriando o cotidiano do escritor após sua libertação depois de quase um ano de prisão política.
Porém, para que um escritor utilize este recurso ele deve, em primeiro lugar, conhecer profundamente a obra daquele que o inspira. E, em segundo lugar, deve ter a liberdade de se aproximar da obra alheia tanto quando a de se distanciar dela. Godofredo de Oliveira Neto cumpre estes dois requisitos. Professor da Faculdade de Letras de UFRJ e autor de vários romances, ele utiliza sua intimidade com a ficção de Machado de Assis como ponto de partida para criar contos que valem por si e que podem agradar tanto aos que conhecem a obra machadiana como aos que não a leram. No caso, não importa muito de onde vem a inspiração inicial, mas sim a maneira como o escritor constrói as suas narrativas.
“O Galo Adamastor”, primeiro texto do livro “Ilusão e mentira — As histórias de Adamastor e de Lalinha”, é inspirado no conto “Ideias de canário”, de Machado de Assis. Nele, o designer M. Santos sai à procura de um cozinheiro nos arredores de Florianópolis e encontra um galo surpreendente, que se expressa na língua dos homens. Assim como o canário de Machado, o galo de Godofredo é um filósofo com uma visão muito particular da vida e da liberdade e que considera o mundo apenas como o cantinho dele em que vivemos, pois o resto não passa de ilusão e mentira. Godofredo mostra neste conto um bom conhecimento da paisagem e da realidade cultural de Santa Catarina, que descreve de forma sensível e delicada. Além disso, procura despertar no leitor uma reflexão sobre os estreitos limites entre a verdade e a ilusão num texto literário. No prefácio, Silviano Santiago discute a questão da apropriação e da propriedade na criação literária e conclui: “O canto do mundo de todos e de cada escritor não é qualquer cantinho do planeta, é antes ilusão e mentira, que, no entanto, dizem a Verdade”.
O segundo conto, “Val e Lalinha”, que tem como fundo de inspiração o romance “Dom Casmurro”, também se apresenta carregado de verdade e de intensidade dramática. Trata-se de uma longa conversa entre uma psicóloga judicial com a presidiária Laudelina Santos de Costa Souto, a Lalinha. A personagem é uma favelada que matou Val por ciúmes, e o tema básico da conversa (e do conto) é o amor, que, segundo Lalinha, costuma trazer aos que amam mais felicidade do que alegria.
A crítica Stefania Chiarelli, num texto publicado na quarta capa do livro, lembra que Godofredo propõe ao leitor “um jogo inquietante entre criação e apropriação. Com um pé no presente e outro no passado, revisita esse tempo pretérito para dizer do sujeito contemporâneo”.
Por Elias Fajardo, autor dos romances "ser tão menino", "Aventuras de Rapaz" e "Belo como um abismo".

1) Jor

Apresentação do livro Ilusão e Mentira

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